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04/09/2020

Setembro Amarelo: fique atento aos sinais!

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Rio Grande do Sul é líder no ranking dos Estados brasileiros com maior incidência de suicídio.

Por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde, 800 mil pessoas, ao redor do mundo, tiram a própria vida. É como se a população inteira de Amsterdã, capital da Holanda, fosse dizimada. Ou, então, um suicídio a cada 40 segundos.


No Brasil, os números também são altos. São 11 mil mortes por suicídio no ano. Dados que nos levam a 8º colocação do ranking dos países com os maiores índices. É a terceira maior causa de morte de homens de 15 a 29 anos. 


O Rio Grande do Sul é líder no ranking dos Estados com maior incidência de suicídio. Os dados são elevadíssimos e superam a média nacional. Taxas relativas de suicídio no mundo são de 11 a cada 100 mil habitantes. No Brasil, 5. No Rio Grande do Sul chega a 20 suicídios por 100 mil habitantes, dependendo da região. 


Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias químicas. 


Diante de dados alarmantes, o Setembro Amarelo é uma iniciativa que contribui para que possamos debater e conscientizar a população sobre o tema e a aceleração dos números. Você sabia que há sinais sensíveis comuns entre as pessoas que pensam em tirar a própria vida? 

Ansiedade: estudos mostram que uma semana anterior à tentativa de suicídio, a ansiedade piora. Ela pode se manifestar por inquietude, tensão, irritabilidade. Uma piora da ansiedade indica que as coisas não estão bem.

Insônia: o sinal mais difícil de perceber afinal, muitas vezes, nem as pessoas que convivem na própria casa percebem que o familiar não está dormindo bem.  A insônia é um sinal de alerta, pois aumenta a ansiedade e a irritabilidade.  É extremamente importante que pessoas que possuem transtornos psiquiátricos tenham um sono de qualidade.  

Avisos: a maioria dos indivíduos que tentam suicídios avisam explícita e implicitamente.  Frases subjetivas como “não aguento mais”, “quero sair andando e não voltar mais”, “quero sumir”, “melhor dormir e não acordar mais” e avisos claros de suicídio não devem ser ignoradas. Atenção também às ações: contato com seguro de vida, separação de objetos pessoais e afins.

E o que fazer quando identificamos que alguém próximo dá esses sinais? O psiquiatra do Hospital São José, da Rede de Saúde Divina Providência, Dr. Rafael Moreno, explica qual a melhor abordagem nesta situação. “Jogue claro com o indivíduo. Não tenha medo de abordar o assunto. Em geral, as pessoas se sentem acolhidas com essa ação. O segundo passo é o encaminhamento ao atendimento médico. Nunca diga “vá ao psiquiatra”, e, sim, leve a pessoa. Procure você um profissional e conduza a pessoa. Outra possibilidade, é o CVV, 188. É importante reforçar: sinais suicidas necessitam de um colo de amigo, mas, precisam, urgentemente, de intervenção médica.” instrui Dr. Moreno.

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