Notícias

A artrose do joelho, condição degenerativa que afeta a cartilagem articular, é uma preocupação crescente entre os brasileiros. Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas, no País, sofram com essa doença, que pode causar fortes dores e limitações na mobilidade. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, a busca por tratamentos eficazes torna-se essencial, para garantir qualidade de vida e manter a mobilidade dos pacientes.

"Uma das opções de tratamento mais conhecidas é a infiltração de ácido hialurônico, substância que ajuda a lubrificar e amortecer a articulação, aliviando a dor e melhorando a mobilidade. A abordagem - que é menos invasiva - geralmente necessita da repetição anual para manter seus benefícios", explica a ortopedista e traumatologista do Hospital Estrela Nathalia Bofill Burger.

Outro método fundamental no manejo da artrose do joelho é o fortalecimento muscular. Nathalia explica que exercícios específicos, orientados por fisioterapeutas, fortalecem os músculos ao redor do joelho, proporcionando maior estabilidade e reduzindo o estresse na articulação. "Programas de reabilitação individualizados são imprescindíveis para ajudar os pacientes a manterem a funcionalidade e a reduzirem a dor", esclarece.

Prótese de joelho

Para casos mais avançados de artrose, onde outras terapias não oferecem alívio suficiente, a cirurgia para implantação de prótese de joelho pode ser indicada. "Este procedimento substitui a articulação danificada por uma prótese artificial, aliviando a dor e restaurando a função", relata a profissional, que atua na Clínica de Especialidades do HE. Embora seja uma solução eficaz, é uma intervenção mais invasiva e, geralmente, recomendada quando os tratamentos conservadores falham.

Nathalia completa que para pacientes mais jovens ou aqueles que ainda não desejam se submeter à artroplastia - procedimento de cirurgia ortopédica para substituir, remodelar ou realinhar uma articulação, existem terapias inovadoras com ortobiológicos - com o uso de células-tronco - que podem ser obtidas da medula óssea ou da gordura do paciente. Essas terapias têm o potencial de promover a regeneração tecidual e reduzir os sintomas da artrose de maneira menos invasiva.

Ainda que a terapia com ortobiológicos seja recente no Brasil, ela já é estudada há mais de 10 anos em outros países. A médica destaca que é essencial que a indicação para esse tratamento seja, cuidadosamente, avaliada por profissionais especializados.

"Assim, enquanto a artrose do joelho apresenta desafios significativos, as opções de tratamentos disponíveis oferecem esperança para muitos pacientes. As pessoas devem buscar orientação médica, a fim de encontrar a abordagem mais adequada ao seu caso e ter maior qualidade de vida", conclui.