Notícias

As doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 400 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência de infarto, AVC e insuficiência cardíaca, uma média de 45 óbitos por hora.

Para o cardiologista do Hospital Estrela (HE), da Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP), Dr. Stefano Busato, o número poderia ser significativamente menor se a população tivesse mais atenção aos sinais do corpo e adotasse hábitos preventivos.

“A maioria dos casos graves poderia ser evitada com diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida”, afirma o especialista. “O problema é que o coração costuma adoecer em silêncio, e muitas pessoas só procuram ajuda quando o quadro já está avançado.”

Sintomas que não devem ser ignorados
Entre os principais sinais de alerta estão dor ou aperto no peito, falta de ar aos pequenos esforços, palpitações, tonturas, inchaço nas pernas e cansaço excessivo sem explicação.

“É muito comum que o paciente ache que é apenas estresse, gases ou ansiedade”, comenta Dr. Busato. “Mas, quando falamos de coração, qualquer dúvida deve ser levada a sério. É melhor investigar e descobrir que não é nada, do que agir tarde demais.”

Impacto que vai além do paciente
O cardiologista lembra que uma doença cardíaca não afeta apenas o organismo: ela causa impacto emocional, financeiro e social.

“Uma pessoa com sequelas de um infarto ou AVC perde autonomia, depende de familiares e, muitas vezes, fica impedida de trabalhar”, observa. “Prevenir é sempre mais leve, mais barato e mais humano.”

Como proteger o coração
Para reduzir o risco cardiovascular, Dr. Stefano destaca quatro pilares fundamentais:

Alimentação equilibrada, com redução de ultraprocessados;
Atividade física regular, mesmo que simples, como caminhadas;
Controle de pressão arterial, colesterol e diabetes;
Abandono do cigarro.
Além disso, o especialista reforça a importância das consultas de rotina.

“Check-up não é luxo e nem coisa de quem está doente”, enfatiza. “É justamente a ferramenta que nos permite detectar alterações antes que causem danos maiores.”
Neste Setembro Vermelho, campanha dedicada à conscientização sobre a saúde cardiovascular, Dr. Stefano deixa um recado direto:

“Cuidar do coração é um gesto de amor — com você e com quem te ama. Se ainda não conversou com seu cardiologista este ano, esse é o momento.”