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01/09/2025
Setembro Amarelo: um chamado à vida e à escuta
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Rio Grande do Sul tem quase o dobro da taxa nacional de suicídios
O Setembro Amarelo é a maior campanha brasileira de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Criada em 2015, a mobilização ocorre durante todo o mês de setembro e tem como objetivo quebrar tabus, estimular o diálogo sobre saúde mental e incentivar a busca por ajuda especializada. A cor amarela foi escolhida como símbolo de vida, luz e esperança, e representa a importância de acolher quem enfrenta sofrimento emocional.
Rio Grande do Sul tem dados alarmantes
No Rio Grande do Sul, o tema ganha urgência diante de índices preocupantes. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostram que, em 2023, foram registradas 1.548 mortes por suicídio, o que equivale a uma taxa de 13,34 por 100 mil habitantes, quase o dobro da média nacional.
Os dados revelam, ainda, que entre 2015 e 2023, o RS registrou um aumento de 32,17% nas taxas de mortalidade por suicídio. O cenário preocupa autoridades de saúde e especialistas, que reforçam a necessidade de ampliar o debate durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção.
“Ainda há muitos tabus em torno da saúde mental. Precisamos entender que ninguém escolhe sofrer. Acolher com empatia, escutar sem julgamento e reforçar que buscar ajuda não é fraqueza, é coragem”, afirma a psiquiatra Samara Becker, da Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP)
Mitos que precisam ser combatidos
Apesar da gravidade do problema, mitos ainda dificultam a prevenção. Entre os mais comuns estão:
*“Quem fala em suicídio não vai fazer”
Na realidade, o comentário pode ser um pedido de ajuda.
*“Suicídio é escolha individual”
Na maioria dos casos, ele está ligado a transtornos mentais tratáveis.
A importância de ouvir
Segundo a especialista, o diálogo aberto é uma das ferramentas mais poderosas de prevenção. Escutar sem críticas, validar o sofrimento e orientar a busca por apoio profissional podem salvar vidas. “A primeira resposta deve ser sempre a escuta. Uma conversa acolhedora pode ser a diferença entre o isolamento e a esperança”, reforça Becker.
Onde buscar ajuda
Profissionais de saúde mental, psicólogos e psiquiatras, estão preparados para oferecer apoio especializado e sigiloso. A orientação é que, diante de sofrimento intenso ou sinais de alerta em pessoas próximas, procure-se atendimento psicológico imediatamente.
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