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17/10/2024
Divina realiza seu primeiro caso de oclusão do apêndice atrial esquerdo
A paciente tem 84 anos e não pode usar anticoagulantes; o objetivo da técnica é a prevenção de AVC.
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O cardiologista intervencionista Gilberto Lahorgue Nunes e sua equipe fizeram o primeiro caso de oclusão do apêndice atrial esquerdo do Hospital Divina, nesta quarta-feira, 16 de outubro. O procedimento é indicado para a prevenção do acidente vascular cerebral em pacientes portadores de uma arritmia chamada de fibrilação atrial, na qual coágulos são formados dentro do coração, podendo se desprender na circulação e provocar um AVC.
Segundo Gilberto Nunes, o tratamento preventivo padrão para esta complicação grave é o uso dos anticoagulantes orais. Entretanto, um número expressivo de pacientes não tolera ou apresenta contraindicações ao uso destes medicamentos. “Além disto, o uso, a longo prazo, dos anticoagulantes aumenta o risco dos pacientes apresentarem sangramentos importantes”, contextualiza.
“Nestes casos, a oclusão do apêndice atrial esquerdo é uma alternativa eficaz, segura e que não aumenta os riscos de sangramentos”, pontua o cardiologista. A paciente tratada tem 84 anos e não pode usar os anticoagulantes por ter sangramentos de repetição no sistema gastrointestinal.
Participaram também do procedimento a cardiologista intervencionista, Diane Roso, e o ecocardiografista, Marcelo Miglioranza, o anestesista, Cristiano Monteiro, e o cardiologista intervencionista, vindo do Recife, Carlos Gordilho.
O procedimento, inédito no Divina e ainda pouco usual no Rio Grande do Sul, foi feito através da punção de uma veia localizada na região da virilha e durou, aproximadamente, 1h30. A previsão é de que a paciente receba alta entre 24 e 48 horas.
“Este procedimento soma-se a uma gama crescente de outros menos invasivos realizados por cateter e que beneficiam pacientes portadores de uma ampla variedade de doenças cardíacas”, destaca Gilberto.
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