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O dano causado pelo cigarro eletrônico nos pulmões pode ocorrer mais rapidamente do que o causado pelo cigarro convencional. O uso pode provocar uma doença chamada EVALI - um dano pulmonar agudo grave, pela toxicidade das substâncias contidas no cigarro eletrônico. 

A Evali leva à insuficiência respiratória e já foi a causa de óbitos em jovens de vários países. Somente nos EUA, entre 2019 e 2020, foram registradas quase 13 mil internações e 68 mortes por esta doença.

A pneumologista do Hospital Estrela, Dra. Iloni Barghouti, destaca que de acordo com a Organização Mundial de Saúde, os vapes são tão ou mais prejudiciais quanto o cigarro convencional, comprometendo a saúde pulmonar e vascular, além de aumentar o risco do desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como:

– câncer de traqueia, brônquios e pulmão;

– leucemia mieloide aguda; 

– câncer de bexiga;

– câncer de pâncreas;

– câncer de fígado;

– câncer de colo de útero;

– câncer de esôfago;

– câncer de rim e ureter;

– câncer de laringe;

– câncer na cavidade oral;

– câncer de faringe;

– câncer de estômago;

– câncer de cólon e reto.

Por isso, a ideia de que os vapes poderiam ser “menos prejudiciais” à saúde do que o cigarro convencional e até mesmo ser utilizado para auxiliar no processo de parar de fumar é um MITO, mesmo na ausência de nicotina em sua composição.