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No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio - 10 de setembro, lembramos o quanto o acolhimento e a escuta são importantes. O tema é espinhoso e delicado. Mas é preciso falar sobre isso. O Setembro Amarelo foi criado para trazer à tona o tema do suicídio.

São cerca de 800 mil suicídios por ano no mundo, sendo a 14ª causa mais prevalente de mortalidade. Já entre os 15 e 29 anos, o suicídio foi a 4ª causa de morte. No Brasil, estima-se que a cada dia, ocorram 25 suicídios. As pesquisas apontam que 98,6% das pessoas que cometem suicídio possuem doenças psiquiátricas. Para marcar o início deste mês, trazemos alguns alertas sobre o tema.

Os suicidas estão passando, invariavelmente, por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade e interfere no seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.

De acordo com a psiquiatra Dra. Luiza Lucas, do Hospital São José, a maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre seus pensamentos de morte. Boa parte dos suicidas expressa, em dias ou semanas anteriores, frequentemente, aos profissionais da saúde, seu desejo de se matar. 

"Fique atento a mudanças comportamentais como isolamento, impulsividade, tristeza constante, distorção de imagem corporal, dificuldade de relacionamento com pessoas da mesma idade, insegurança, queda no desempenho escolar, crises de raiva, baixa autoestima, atração por comportamentos de risco, entre outros", alerta a profissional.

Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Falar com alguém sobre o assunto, pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem. 

Solidariedade

Nesse momento, vários profissionais dos hospitais da Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) estão investidos no espírito de solidariedade para ajudar os atingidos pela recente enchente, que assolou o Vale do Taquari, e que também penalizou os colaboradores dos hospitais Estrela e São José, que sofreram perdas e vivem essa dor.

Profissionais do serviço de Saúde Mental do HSJ estão mobilizados e participando, voluntariamente, de ações psicossociais dirigidas às famílias nos municípios mais impactados pelo ciclone. Além desse apoio fundamental, colaboradores de todos os hospitais da RSDP estão numa enorme corrente do bem para angariar donativos aos colegas necessitados e às famílias da comunidade.