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O mês de setembro é marcado por uma importante campanha de conscientização e prevenção ao suicídio e à valorização da vida, conhecida como Setembro Amarelo. No Brasil, a saúde mental tem se tornado um tema cada vez mais relevante.  Através de ações, informações e apoio, neste mês, há uma busca para diminuir os estigmas associados às doenças mentais e promover um ambiente de empatia e compreensão.

Em alusão ao mês, diversas atividades serão realizadas nos cinco hospitais e unidades de saúde administrados pela Rede de Saúde da Divina Providência.

Os números

No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 45 minutos ocorre um suicídio, totalizando cerca de 12 mil casos por ano. Além disso, estima-se que aproximadamente 9% da população brasileira sofra com algum transtorno de ansiedade, e cerca de 5,8% tenham depressão. A falta de tratamento adequado e o estigma ainda presente em relação às doenças mentais contribuem para agravar esse cenário.

No Rio Grande do Sul, esses números também têm impacto significativo. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) revelam que o estado possui uma taxa de suicídio acima da média nacional. A prevalência de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, também é considerável, afetando não somente a qualidade de vida dos indivíduos, mas também a dinâmica social e econômica da região.

A importância do Setembro Amarelo

Diante desse contexto, o Setembro Amarelo assume um papel crucial. A campanha não apenas aumenta a conscientização sobre a importância da saúde mental, mas também quer incentivar a busca por ajuda profissional, destacando que o tratamento adequado pode trazer resultados muito positivos.  Além disso, promove uma série de consequências na sociedade que contribuem, efetivamente, para a prevenção e diminuição dos casos de suicídio, como por exemplo:

Conscientização e prevenção:  Ao trazer esses temas para o centro das atenções, ela quebra o tabu que historicamente cercou as doenças mentais e o ato de falar sobre pensamentos suicidas.

Redução do estigma: O estigma associado à saúde mental, muitas vezes, impede que as pessoas procurem ajuda quando estão passando por dificuldades emocionais. O Setembro Amarelo contribui para a diminuição desse cenário, encorajando as pessoas a falarem abertamente sobre suas experiências e a procurar apoio quando necessário.

Incentivo a ajuda: O Setembro Amarelo destaca a importância de procurar ajuda profissional quando necessário. Ele enfatiza que é válido e corajoso buscar auxílio de psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental, o que pode fazer uma diferença significativa na vida de alguém que está sofrendo.

Fortalecimento de redes de apoio: A campanha encoraja a criação de redes de apoio nas comunidades, nas escolas e no local de trabalho. Isso é fundamental para identificar aqueles que estão em risco e oferecer o suporte necessário antes que a situação se agrave.

Prevenção a longo prazo: Ao criar um ambiente onde a saúde mental é discutida e valorizada, a campanha contribui para uma abordagem de prevenção em longo prazo. Isso pode ajudar a reduzir os índices de suicídio e melhorar a qualidade de vida das pessoas no decorrer do tempo.

Mitos e verdades

Em relação ao tema, ainda há muita informação disseminada de forma errada. Por isso, é muito importante que se faça uma campanha espalhando a verdade. Confira alguns mitos e verdades sobre o suicídio:

Mito: Falar sobre suicídio pode aumentar o risco. 

Verdade: Falar abertamente sobre suicídio pode, na verdade, aliviar o sofrimento emocional de alguém e permitir que busque ajuda. Evitar o assunto pode fazer com que a pessoa se sinta isolada.

Mito: A maioria das pessoas que falam sobre suicídio só está procurando atenção. 

Verdade: Falar sobre suicídio é um sinal de que alguém está passando por um sofrimento emocional profundo. Ignorar esses sinais pode ser perigoso.

Mito: Pessoas que tentaram suicídio não voltarão a tentar. 

Verdade: A tentativa de suicídio anterior é um fator de risco importante, aumentando a probabilidade de futuras tentativas. A intervenção adequada é essencial.

Mito: Suicídio ocorre sem aviso prévio. 

Verdade: Muitas vezes, há sinais de alerta, como mudanças de comportamento, isolamento, declínio no desempenho escolar ou profissional e expressões de desesperança.

Mito: As pessoas que completam o suicídio queriam mesmo morrer. 

Verdade: Muitas pessoas que tentam o suicídio estão buscando alívio do sofrimento emocional. Muitas vezes, elas não desejam a morte, mas sim uma maneira de lidar com a dor.

É importante abordar o tema do suicídio com sensibilidade, informação correta e empatia. A compreensão adequada ajuda a desmistificar o assunto, reduzir o estigma e permitir que as pessoas busquem ajuda quando precisam. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando pensamentos suicidas, é fundamental buscar apoio profissional imediatamente.