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26/04/2023
US Indígena promove atividade sobre alimentação na aldeia Ore Kupri/Fag Nhin
Altos índices de colesterol e de glicose de jejum demonstradas nos exames dos usuários preocupa os profissionais de saúde
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A Unidade de Saúde Indígena (USI) e o Ambulatório de Especialidades do Murialdo realizaram uma ação com cerca de 20 indígenas da aldeia Ore Kupri/Fag Nhin, localizada na Lomba do Pinheiro, uma das seis atendidas pela USI.
Com uma abordagem transdisciplinar, que envolveu Enfermagem, Medicina e Nutrição, os profissionais de saúde falaram sobre alimentação saudável e traçaram uma integração entre o alimento, cultura local, natureza e doenças como diabetes e hipertensão.
A abordagem ocorreu por meio de uma atividade lúdica, com uso de materiais recicláveis (garrafa pet, pedaços de jornais, balão). Preservando a cultura local, foram mostradas embalagens de alimentos industrializados, com a quantidade de sal, açúcar e gordura que os compõem. Houve muita interação entre os moradores da aldeia, que demonstraram o seu entendimento sobre alimentos saudáveis e prejudiciais à saúde.
Troca de experiências e de saberes
A atividade foi conduzida pela nutricionista Emilene Almeida de Souza em um momento de troca de experiência e de saberes, com interação dos profissionais e usuários. Também participaram os alunos do PET-PUC, Marina Zanetti (Nutrição) e Matheus César da Silva ( Medicina), além dos profissionais da US, a Narley de Moraes Eberhardt e Maurício de Carvalho Franco.
O cacique da aldeia Ore Kupri/Fag Nhin, Samuel da Silva, e o vice-cacique, Moisés da Silva, deram total apoio para a realização da dinâmica.
Respeito à cultura e às crenças
“Sempre preconizamos a utilização dos alimentos que os indígenas têm mais acesso, respeito pela cultura e crenças locais, mas sem esquecer que os alimentos industrializados fazem parte do cotidiano aldeia”, explica o gerente da USI, enfermeiro Luís Afonso Bataglim Cabral.
Segundo ele, nos exames de rotina notou-se grande incidência de colesterol alto entre os indígenas e alguns apresentam glicose de jejum elevada. Essas causas podem estar ligadas, diretamente, ao alimento e à nutrição”, observa Luís Afonso. O gerente adianta que a equipe da USI, juntamente com o Ambulatório do Murialdo, “compraram a ideia" e esse tipo de atividade deverá ser rotineiro nas aldeias atendidas.
A USI é uma das 38 unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) gerenciadas pela Rede de Saúde da Divina Providência em Porto Alegre.
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