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04/07/2022
Cardiologista pediátrico leva experiência do HDP em fechamento percutâneo de canal arterial no prematuro a evento nacional
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O cardiologista pediátrico e intervencionista em cardiopatias congênitas do Hospital Divina Providência (HDP), Dr. João Luiz Manica, foi palestrante no Congresso Brasileiro de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, realizado de 29 junho a 1º de julho em Belo Horizonte.
O tema abordado, “Como montar um programa de fechamento percutâneo de canal arterial no prematuro” baseia-se na experiência do especialista junto ao HDP, um dos primeiros locais do Brasil a implementar esse tipo de programa. O enfoque foi mostrar como os hospitais podem fazer o mesmo e, mesmo sem ter tradição em cateterismo pediátrico, tornarem-se referência no procedimento.
Pioneirismo
Em setembro de 2020, o Dr. Manica realizou, no Divina, o segundo procedimento no Brasil de fechamento percutâneo de canal arterial em uma menina que nasceu na 25ª semana de gestação. O primeiro ocorreu no Recife.
A bebê Gianna apresentava um canal arterial patente, um vaso que comunica a aorta com a artéria pulmonar, sobrecarregando os pulmões. Para respirar, ela precisava da ajuda de aparelhos. No cateterismo, o especialista utiliza um dispositivo, através da pele e por punção da veia, sem abrir o peito.
HDP recebe maior número de casos no RS
Conforme o Dr. Manica, o Divina Providência é o hospital do Rio Grande do Sul com o maior número de casos e trabalha para ser uma referência no tratamento. “Já realizamos esse procedimento em bebê de 820 gramas no Divina”, relata. O médico também é responsável por organizar o registro nacional deste procedimento e contabiliza apenas 36 no Brasil até hoje, dos quais cinco foram realizados por ele em Porto Alegre.
Quando o procedimento é necessário
O canal arterial é uma estrutura fundamental para o feto, pois leva o sangue oxigenado da placenta para as porções inferiores do organismo fetal. Após o nascimento, essa estrutura vascular se fecha espontaneamente na maioria dos bebês. Os prematuros, no entanto, têm predisposição de permanecer com esse vaso aberto após o nascimento, o que pode levar a quadros como insuficiência renal e necessidade de ventilação mecânica prolongada.
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