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08/10/2021

Cuidar da saúde mental envolve autoconhecimento e atenção com o comportamento infantil

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Enfermeira Viviane Vianini e médica Luana Ferrari, da Rede de Saúde Divina Providência, destacam os principais cuidados. Aumento de comportamento suicida na infância traz alerta

Cuidar do bem-estar e da qualidade de vida são importantes estratégias de cuidado com a saúde. O tema ganha ainda mais relevância neste 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. Desenvolver bons hábitos é uma das ferramentas importantes de cuidado com a saúde mental.

A Rede de Saúde Divina Providência (RSDP) traz a contribuição de duas especialistas para abordar o tema: a coordenadora do Serviço de Saúde Mental do Hospital São José, de Arroio do Meio, enfermeira Viviane Vianini; e a médica pediatra do Hospital Santa Isabel, de Progresso. Luana Ferrari. As profissionais de saúde indicam a importância do cuidado, explicam os sintomas e o tratamento e trazem alertas sobre o tema. 

“A saúde mental envolve a qualidade em lidar com os próprios pensamentos, sentimentos e emoções, nas atividades e nas relações com as pessoas, diariamente. Nesse sentido, aumentar o autoconhecimento pode ajudar na identificação do que sentimos, o que nos incomoda ou nos gera sofrimento, quais são os limites pessoais e o que pode nos trazer bem-estar e felicidade”, destaca Viviane. 

De acordo com ela, pensar sobre essas questões ajudará a desenvolver maior habilidade em lidar com as emoções, auxiliando na tomada de decisões que poderão ser fundamentais para a manutenção da saúde mental e emocional.

“Outro aspecto importante é perceber quando pedir ajuda. Muitas vezes, a pessoa pode vivenciar situações difíceis e a busca do apoio de um profissional de saúde mental torna-se um importante recurso para ajudar a encontrar novas maneiras de lidar com os reveses, impactando, positivamente, no autocuidado”, ressalta.

DEPRESSÃO NA INFÂNCIA

A depressão na infância é tópico de extrema importância no debate sobre saúde mental. A médica pediatra Luana Ferrari aponta as consequências do problema e os cuidados que os pais devem ter para enfrentar as manifestações nos pequenos.  

Diferentes manifestações clínicas

Ferrari explica que as crianças ainda não são capazes de compreender e de expressar bem os seus sentimentos, além de terem menor capacidade de enfrentamento de conflitos. Por isso, as manifestações clínicas da depressão são diferentes na infância, o que pode levar ao subdiagnóstico.

Sintomas

“Os sintomas nem sempre são tristeza, isolamento, baixa autoestima, choro sem causa aparente. Frequentemente, manifestam-se por meio de transtorno do déficit de atenção e de hiperatividade, medos, distúrbios do sono, enurese, dores abdominais, irritabilidade, indisciplina”, diz. 

Como a depressão afeta as crianças

De acordo com a pediatra, a depressão na infância compromete as funções sociais, emocionais e cognitivas, interferindo no desenvolvimento da criança, e afeta, ainda, a família e o grupo com o qual convive.

Alerta: comportamentos suicidas cada vez mais frequentes

A pediatra faz um alerta: de acordo com ela, tem sido mais frequente o atendimento de crianças com ideias e com comportamentos suicidas. “Isso pode indicar demora no diagnóstico e negligência em relação aos sintomas”, aponta.

Por isso, fique atento às crianças ao seu redor! Depressão não é doença só de adulto.

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