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07/08/2020
Mês dourado para um alimento que vale ouro
Profissionais do Hospital Estrela incentivam e apoiam o aleitamento materno
Texto: Bruna Gandolfo/Foco
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O ato de sugar é instintivo. Mas a amamentação, não. “Amamentar é aprendizado, técnica, treino e manejo correto. A sucção no seio fortalece toda a musculatura da face do bebê e proporciona o crescimento adequado dos ossos dessa região e do crânio. O ato de sugar traz benefícios para mastigar e falar posteriormente”, explica a fonoaudióloga Joanna Telles. Segundo ela, o que deve ser observado durante a mamada não é o tempo que o bebê fica no seio e em qual seio mamou, mas a efetividade e se há a drenagem correta das mamas.
A enfermeira Amanda Vier Petter destaca que o leite materno é o melhor alimento para bebês de até 2 anos de idade. “A recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) é de que a amamentação se inicie nos primeiros 60 minutos de vida e que o leite materno seja a alimentação exclusiva até os seis meses de idade”. Os benefícios são muitos: proteção contra infecções gastrointestinais e respiratórias, diminuição do risco de alergias, hipertensão,
colesterol alto, diabetes e obesidade, melhor nutrição, proteção contra o câncer de mama, vínculo entre mãe e filho, entre outros.
O aprendizado do amamentar deve ocorrer durante o pré-natal, para que a mulher esteja mais segura e preparada. Grupos de pré-natal podem encorajar e informar sobre a amamentação. “A Enfermagem tem um papel essencial na conscientização das mães sobre a importância do leite materno e na promoção ao aleitamento, pois as enfermeiras estão presentes na primeira hora de vida, incentivando e encorajando as mães, prevenindo as dificuldades e orientações”, esclarece Amanda. O aleitamento materno na primeira hora também é importante para a mãe, pois auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia.
Troca mágica
O aleitamento materno é uma troca mágica entre mãe e bebê, nutrindo necessidades fisiológicas e emocionais, promovendo um vínculo único e fascinante. “Estudos já demonstram que o leite materno se adapta às necessidades do bebê, pois enquanto suga o seio, suas gotículas de saliva retornam para a mãe, estimulando uma resposta imunológica, alterando a composição do leite conforme suas necessidades”, revela a nutricionista Daniela Hörlle. “É importante também desfazer um mito: a alimentação materna NÃO causa cólicas no bebê.”
Pensando neste vasto império de “leite dourado” que é a mãe, ela deve ser nutrida também de uma alimentação diversificada, colorida e abundante, e de muita água, assim como de momentos de sorrisos, descanso e de muito aconchego da família!
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