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12/03/2019

Divina Providência já realizou mais de 2 mil intervenções por cateter pelo acesso radial

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Desde a inauguração da Unidade Endovascular do Divina Providência, em 2011, já foram realizadas cerca de 2 mil cateterismos cardíacos para estudo das artérias coronárias (cinecoronariografia) e angioplastia com implante de stents coronários feitos pela via radial. O médico cardiologista intervencionista, Dr. Gilberto Lahorgue Nunes conta que cerca de 91% dos procedimentos realizados por cateter são feitos pelo método de acesso radial - os outros 9% são feitos pelo acesso femoral. As outras equipes do Hospital, em comparação, realizam de 30% a 40% dos procedimentos pela técnica radial.

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia,  as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. A entidade estima que, somente no Brasil, mais de 383 mil pessoas morreram por complicações causadas por doenças cardiovasculares, em 2017 (última estimativa divulgada no site). Embora provoquem números alarmantes, é possível evitar a fatalidade de algumas doenças cardiovasculares através de tratamentos, sem necessidade de intervenção cirúrgica.


Comumente confundidos com cirurgias, os procedimentos invasivos realizados por cateter são uma alternativa menos agressiva ao paciente que sofre com algum problema cardiovascular, como arritmias, doença de coronária, problemas de válvulas e angina. Um dos pioneiros na utilização do acesso pela artéria radial no Rio Grande do Sul, o médico cardiologista intervencionista da Unidade Endovascular do Hospital Divina Providência, Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, alerta que é preciso distinguir esse tipo de procedimento das cirurgias tradicionais - em que há a abertura do peito do paciente - para que haja uma desmistificação do mesmo.


A maior vantagem do acesso utilizando a artéria radial, localizado no punho, é que ele é uma forma ainda menos invasiva de fazer tratamentos cardíacos por cateter do que o método tradicional, realizado pelo acesso da artéria femoral, que fica localizada na virilha - essa técnica oferece mais risco de sangramento ao paciente e maior risco de infecção.


Outro diferencial desta técnica são o menor tempo de recuperação após o procedimento,  possibilidade de caminhar e sentar imediatamente após o fim do procedimento. No método feito pela via femoral, a recuperação do paciente pode chegar a 8 horas. Além disso, há também o menor risco de hematomas no local da punção e baixa chance de complicações vasculares. Há, ainda, menor risco de sangramentos em pacientes idosos, obesos, diabéticos e em casos infarto do miocárdio.


Por outro lado, esta modalidade é mais difícil do ponto de vista técnico do que a intervenção feita pela via convencional (femoral). Para obter sucesso na operação pelo método radial, é preciso uma grande experiência do médico para poder usar ela em todos os casos e, assim, proporcionar as vantagens deste método ao paciente.


Hábitos preventivos

Para evitar problemas cardíacos e, consequentemente, a necessidade de realização de procedimentos cirúrgicos e de intervenção. Gilberto Lahorgue Nunes pontua como principais hábitos preventivos: alimentação balanceada e praticar atividades físicas, além de evitar hábitos nocivos, como o tabagismo. Para o médico, essas atitudes devem ser tomadas não apenas por pacientes cardiopatas - que já possui o diagnóstico de doença cardíaca. “Quando realizamos algum procedimento desse tipo, estamos apenas tratando a consequência de um problema que poderia ter sido evitado se hábitos mais saudáveis tivessem sido instituídos”, enfatiza Gilberto.

Fonte: CDN COMUNICAÇÃO

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