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28/09/2018
VI Jornada Integrada em Saúde 2018 Hospital Independência - dias II e III
Texto: Bruna Gandolfo/CDN Comunicação
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O médico Maurício Longaray abriu o segundo dia de palestras com o tema "Perspectivas atuais e futuras para medicina regenerativa: células tronco, engenharia de tecidos e nanotecnologia". Formado em medicina pela UFRGS, é especializado em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Cristo Redentor (HCR), em Cirurgia de Joelho pelo Hospital Santa Casa de Porto Alegre em Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho (SBCJ). Trabalha atualmente como médico plantonista do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS) e preceptor dos Programas de Residências Médicas dos Hospitais Independencia (HI) e Beneficiência Portuguesa (HBP- HPS).
Com uma aula que agitou a plateia, por tratar da aplicação de células-tronco na ortopedia, especialidade do Hospital Independência, Maurício Longaray, que tem o foco em cartilagem, alertou que faltam pesquisas para sua aplicação na ortopedia. O alerta não é em vão, pois, segundo ele, somente nos EUA, ¼ da população maior de 18 anos terá problemas ortopédicos em 5 anos. Ou seja, as pesquisas, as liberações pelos órgãos reguladores, ANVISA, no caso do Brasil, a adaptação legislativa e o aprofundamento do debate sobre o uso de células-tronco precisam caminhar de forma mais rápida. “Há muitos avanços, mas, sem dúvida, eles não são capazes ainda de dar conta das necessidades, de dar as respostas no tempo adequado ao tempo do adoecimento e agravamento do quadro”, lamentou.
Maurício apresentou as pesquisas que estão sendo feitas, os cientistas que se destacam na área, mostrou onde as células-tronco estão sendo testadas e utilizadas, trouxe muitos esclarecimentos e informações relevantes aos presentes em sua aula. E também algumas dicas que devem ser consideradas, como a necessidade de se evitar o sobrepeso, adotando atividades físicas e alimentação equilibrada. “As pessoas estão vivendo mais, vejam que a expectativa de vida da mulher japonesa já está em 87,1 anos. É muito. Portanto, é preciso que a medicina avance e que as pessoas adotem estilo de vida mais saudável”, sentenciou.
A segunda palestra do dia foi da farmacêutica Cristiani Gomes de Marques, para tratar sobre "Os avanços em Análises Clínicas, suas perspectivas e oportunidades para o apoio nas decisões médicas". Formada pela UFRGS, Cristiani atua no Laboratório de Análises Clínicas da Santa Casa de Misericórdia do Porto Alegre como Bacteriologista, coordenadora de Postos de Colheitas e supervisora Administrativa.
A pesquisadora abordou os avanços e benefícios que a robótica trouxe para as análises clínicas. Utilizando o case da Santa casa, Cristiani caracterizou a medicina baseada em evidências, lembrando que 70% das decisões médicas se baseiam nos resultados, nos laudos dos exames. “Os laboratórios são fontes de apoio nas discussões e decisões médicas. E a informatização do sistema integra as áreas de ação pré-analíticas, analíticas e pós-analíticas, aumentando, em última análise, a segurança do paciente”, comemora.
O sistema utilizado na instituição é tão sofisticado, que ele faz a crítica, o alerta, caso algum dado esteja fora da curva dos exames anteriores do paciente. Isso ocorre em uma esteira de 37m, que abriga 20 equipamentos de ponta. O sistema é considerado, hoje, o mais completo do mundo. Essa informatização possibilitou que a Santa Casa de Porto Alegre realizasse mais de 3, 8 milhões de exames em 2017. “Os números são fantásticos, mas para nós, não são números, são pessoas, são pacientes que queremos ajudar a cuidar. E o Hospital Independência é o nosso 'nono hospital', tamanho é o seu envolvimento e compromisso com o nosso trabalho”, brincou Cristiani, referindo-se aos oito hospitais que integram o Complexo da Santa Casa.
O encerramento
O último dia de jornada teve um novo formato nos debates. Foi promovido o "Café com a Rede" mediado pelo diretor administrativo do HI, Elton Bigolin. Ele recebeu os gestores da Rede para uma roda de conversas. Estiveram presentes o diretor geral de operações, José Clovis Soares, o diretor de controladoria e finanças, João Daniel Berto, e o diretor de propósito e desenvolvimento, Mario Abilio jaeger Neto.
Sob os olhos atentos dos dezenas de presentes, eles falaram sobre o futuro da Rede, no qual os quatro hospitais estarão cada vez mais integrados, tanto em termos tecnológicos quanto de pessoal e compartilhamento de conhecimentos e experiências.
Um almoço de integração e uma missa celebratória encerraram a jornada.
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