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02/03/2017

Divina Providência inicia Programas em Residência Médica

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Pela primeira vez em 47 anos o Hospital Divina Providência abriga um Programa de Residência Médica. O processo se iniciou no último dia 1º de março com a entrada das alunas Julia Souto Meneghetti e Débora Sartori Giaretta, na área da Clínica Médica, e Viviane Gehlen, em Medicina Intensiva. Os programas de Residência Médica estão vinculados ao Centro de Formação e Investigação Divina Providência - CFIDP) que já mantinha ativos os programas de Psiquiatria no Hospital São José, de Arroio do Meio, e Traumato/Ortopedia, no Hospital Independência, em Porto Alegre.

O coordenador do CFIDP, Dr. Willian Dalprá, explica que o sucesso da Residência Médica na Rede de Saúde Divina Providência se deve, primeiramente, à confiança, compreensão e à viabilização irrestrita das Irmãs da Divina Providência e do Conselho Executivo da Rede, além da sensibilidade das direções dos hospitais que reconheceram sua importância e deram visibilidade ao Programa. “E também à dedicação de profissionais como o Dr. Geraldo Jots, responsável pela Residência Médica e Multiprofissional em Saúde ”, salienta.

Valorização sistemática de treinamento médico

Dr. Willian explica que a Residência Médica é uma modalidade de ensino e aprimoramento profissional de pós-graduação – Lato Sensu–, e se constitui na mais valorizada e reconhecida sistemática de treinamento médico. “No Brasil, se iniciou em 1944, no Hospital das Clínicas de São Paulo. De acordo com os avanços tecnológicos e a maior proliferação das Escolas Médicas no país e com as mudanças no mercado de trabalho, cada vez mais voltado à seleção especializada, tornou-se elemento fundamental da formação”, relata Dr. Willian. A formação é estritamente regulada pela Comissão Nacional de Residência Médica, formalmente instituída em setembro de 1977.

Ainda conforme o coordenador do Centro de Formação e Investigação Divina Providência, o principal objetivo da Residência Médica é o aperfeiçoamento da competência profissional adquirida na graduação, através de um treinamento em alguma especialidade. “Também visa à aquisição progressiva de responsabilidades pelos atos médicos, na internalização de preceitos e normas éticas e na consolidação da capacidade de avaliação e decisão técnicas”, resume Dr. Willian.

A exemplo dos demais cursos de pós-graduação Lato Senso, a formação do médico residente supõe período reservado ao aperfeiçoamento teórico – 10-20% das 60 horas semanais – mas a maior parte é destinada efetivamente ao treinamento em serviço. “O curso prevê uma carga horária total, em média, de 2.800 a 3.200 horas anuais. Além da vinculação ao Ministério da Saúde, sua estruturação acadêmico-pedagógica é submetida ao Ministério da Educação, de tal forma que este tipo de formação, portanto, possui relação estreita com os preceitos educacionais e com as políticas de saúde do país”, frisa Dr. Willian. Atualmente existem mais de 3.500 Programas de Residência Médica ativos no Brasil que oferecem mais de 30 mil vagas anualmente.

Residência Médica na Rede foca no cuidado integral do paciente

Com a implementação e ativação dos Programas de Residência Médica na Rede de Saúde Divina Providência foi estabelecida uma nova perspectiva de formação e inserção profissional nos hospitais que a compõem: Divina Providência e Independência, em Porto Alegre, São José, em Arroio do Meio, e Santa Isabel, em Progresso. “Ao permitir que possamos influenciar na formação médica com nossa inserção carismática e de acordo com nossos valores institucionais, estamos construindo um perfil médico alinhado ao cuidado integral das pessoas e de atenção especial às vulnerabilidades que apresentam os pacientes que cuidamos, estabelecendo e conquistando de fato, mais um partícipe importante na aplicação e na garantia de aplicação plena do carisma das Irmãs da Divina Providência”, finaliza o coordenador do CFIDP.

Clínica Médica

Os Programas de Residência em Clínica Médica, no Divina, e de Medicina Intensiva, no Independência, terão duração de dois anos. O médico Carlos Eduardo Nogueira, coordenador dos médicos hospitalistas e da Residência em Clínica Médica do Divina explica que, além da atuação nas áreas de Clínica Médica, as residentes atenderão em consultas ambulatoriais, na Sala Vermelha da Emergência, nos pacientes internados nos andares e no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), ou seja, percorrerão todos os setores do Hospital, respeitando sempre a premissa de serem médicos em treinamento e portanto com supervisão contínua através de preceptores e referenciais institucionais.

Dr. Carlos Eduardo com a paciente Cenira Dutra da Silva

Dr. Carlos Eduardo afirma que a Residência serve para qualificar a assistência e criar um ambiente de ensino. “Disponibiliza um espaço de aprendizado para os residentes, além de qualificar o Hospital”, frisa.Carlos Eduardo concluiu a graduação em Medicina em 2008, na Universidade Federal da Bahia e finalizou a Residência em Clínica Médica em 2012, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Medicina Intensiva

A Residência em Medicina Intensiva será coordenada pelo Dr. Sérgio Loss, do Hospital Independência, e o programa será estendido ao Divina. Dr. Loss considera que o binômio Hospital Independência/Hospital Divina Providência proporcionará um ambiente marcado pela excelência no que concerne a aprendizado e treinamento em Medicina Intensiva, principalmente se for considerado que a Rede tem se qualificado mais, haja vista a recente Acreditação ONA.

Conforme Dr. Loss, a soma das atividades na Residência em Medicina Intensiva nos dois hospitais capacitará o residente nas habilidades necessárias na formação deste profissional, como ressuscitação hemodinâmica, avaliação adequada dos diferentes estados de perfusão, mecânica ventilatória, suporte nutricional, entre outros. “O residente ainda poderá optar por períodos de estágios em outros centros especializados visando completar sua formação”, informa o médico. O programa de Residência Médica, em contrapartida, também implicará em maior desenvolvimento dos hospitais. Os novos profissionais, após término de seu treinamento, estarão habilitados para exercerem suas atividades com excelência, podendo, inclusive, serem incorporados ao Corpo Médico da Rede.

Vagas de Residência Médica na Rede

O Programa de Residência Médica da Rede também selecionou o candidato Ivon da Silva Neto, em Traumato/Ortopedia, para o Hospital Independência, e os médicos Diana Khun e Ronaldo Rodrigues, em Psiquiatria, para o Hospital São José, de Arroio do Meio. Além das vagas já preenchidas o CFIDP selecionará, no próximo dia 10 de março, mais dois candidatos para cursarem Medicina Intensiva (segunda vaga) e Traumato/Ortopedia, (também para a segunda vaga) que atuarão no Hospital Independência.

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