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25/01/2017

Como prevenir HPV e câncer de colo uterino

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HPV é a sigla em inglês para papilomavírus humano. São vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato genital, sendo alguns com potencial oncogênico. As informações são do genicologista Marcelo Lucho, do Corpo Clínico do Hospital Divina Providência.

O especialista explica que a infecção pelo HPV é muito frequente. “"Nos casos de infecção por tipo viral oncogênico, há chance da lesão vir a se tornar um câncer", resume. Ainda conforme o médico pode ocorrer o desenvolvimento de lesões que, se não forem identificadas e tratadas, podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero. “Todavia, também podem atingir vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca”, alerta Dr. Lucho.

O ginecologista informa também que, ao menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco de provocar infecções persistentes e estarem associados a lesões precursoras. “Dentre os subtipos de HPV de alto risco oncogênico os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Já os HPV 6 e 11 encontrados em 90% das doenças genitais são considerados não-oncogênicos”, revela o médico.

Lesões no colo do útero são totalmente curáveis

Dr. Lucho explica que o câncer do colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir de alterações celulares. Essas lesões precursoras são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem, após muitos anos, se transformar em câncer. “Sangramento vaginal, corrimento e dor são exemplos de sintomas de câncer de colo do útero. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um médico para tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for o caso”, aconselha.

Imunidade, genética e o comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões ou câncer. “O tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e a imunossupressão (causada por infecção por HIV ou uso de imunossupressores) são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero”, acrescenta.

A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. “Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto”, esclarece o médico.

A prevenção se dá, principalmente, pelo uso de preservativos. Atualmente, vem-se utilizando a vacina. Contudo, deve-se ter critério para sua utilização. “Novamente, uma avaliação médica estaria recomendada para avaliar o uso da vacina”, finaliza Dr. Lucho.

Conteúdos produzidos pela Seiva Agência de Comunicação.

Fonte: Fotos: Luíza Assis Edição: Adelar de Oliveira

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