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19/01/2016

Imigrantes do Haiti e Senegal integram a equipe do Divina

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Sete haitianos e um senegalês, refugiados de seus países no Brasil, passaram a integrar esta semana o quadro de funcionários do Divina. O grupo integra um programa da Paróquia Pompéia, de Porto Alegre, que apoia os imigrantes no Estado. Resolvidas as questões legais, os estrangeiros foram encaminhados às vagas disponíveis na instituição.

O senegalês Abedou Faye e os haitianos Pascal Saint Fleury, Frantzdie Remy, Rosenette Singleton Daniel, Kott Love Paul, Gisberthe Pierre, Wesly Merzius e Kenny Nestan atuarão nos setores de Higienização e Lavanderia. Assim como os demais contratados no mês de janeiro, participaram do Programa de Integração do Hospital.

A diretora-geral, Irmã Maria Eloni Coczenski, disse que a acolhida aos estrangeiros é um compromisso com o Evangelho, uma Missão. Já o diretor Administrativo, Robson Morales, declarou aos recém-chegados que a Direção do Divina “está muito feliz pelo grupo estar integrando o nosso time, a nossa família. Acolhendo vocês, estamos cumprindo uma Missão: fazer vocês se sentirem em casa”, frisou. Robson salientou que a política de pessoal e plano de carreira será a mesma aplicada a todos os funcionários. “Ou seja, todos os estrangeiros receberão as mesmas oportunidades que os brasileiros”, concluiu.

Construindo o futuro

O haitiano Pascal Saint Fleury, de 28 anos, casado com uma gaúcha e atual morador de Porto Alegre, chegou ao Brasil em 19 de fevereiro de 2014. Trabalhou como carpinteiro durante um ano e meio em Belo Horizonte (MG) e, em virtude da crise atual do país, ficou desempregado. Por recomendação de um amigo haitiano, mudou-se para a capital gaúcha. Pascal afirma que a vontade de trabalhar garantirá o seu sucesso e de seus colegas estrangeiros. “Nós viemos para trabalhar, apenas isso. Estamos construindo o nosso futuro”, declarou.

O senegalês Abdou Faye, de 30 anos, também casado e com três filhos, deixou a família no Senegal e vive no Brasil desde 2010. Durante sua trajetória, Abdou esteve em São Paulo e no Paraná. O imigrante está em Porto Alegre há seis meses e também participou da Integração do Divina para completar a equipe de funcionários da Higienização.

“Estamos aqui para sustentar nossas famílias, ter uma vida melhor. Não viemos pegar emprego de ninguém”, declarou o senegalês. Abdou não ignora a luta que precisa ser enfrentada diariamente, no Brasil e no mundo, contra o preconceito racial: “Deus fez o mundo para todos, de todas as nacionalidades e também de todas as raças”, completou.

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