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A Pastoral da Saúde do Hospital Divina Providência realizou nesta terça-feira, dia 23 de junho, o III Fórum da Fé e Espiritualidade na Saúde, o Fórum do Carisma. O evento, que ocorreu no auditório Pe. Eduardo Michelis foi moderado pelo contador da Sociedade Sulina Divina Providência, João Berto. A primeira mesa redonda contou com a presença das Irmãs Elise Sehnem, Lurdes Luke e Maria Beatriz Mohr.

O Fórum se iniciou às 14h30min com a acolhida realizada pelo capelão do Hospital, Pe. Cláudio Damé. Irmã Elise (à direita na foto) foi a primeira palestrante e falou sobre “A História da Congregação”. A religiosa contou cada passo dado pelo fundador da ordem, Pe. Eduardo Michelis, do nascimento à morte, passando pela nomeação como secretário do arcebispo da cidade de Colônia, pela prisão, que durou cerca de três anos e meio, e pela fundação do 1º Orfanato, em Müster, na Alemanha, em novembro de 1842.

A segunda apresentação foi da Irmã Lurdes Luke, que falou sobre o “Carisma das Irmãs da Divina Providência”. Irmã Lurdes contou que conheceu todos os recantos missionários da Congregação pelo mundo. Eles estão distribuídos pela Alemanha, Holanda, Brasil, Bolívia, Paraguai, Malawi, Moçambique, Indonésia e Timor Leste. A religiosa também dissertou sobre o que é Carisma, o que se entende por ele e o definiu como a sensibilidade aguçada a um aspecto do Mistério de Deus. Também como um chamamento de Deus para estar a serviço do bem comum, conforme as necessidades do mundo, da Igreja e do Reino de Deus.

A Irmã Maria Beatriz Möhr, que é graduada em Psicologia, apresentou as missões das Irmãs nos vários continentes. Contou sobre o trabalho que desenvolveu no Timor Leste e Indonésia, na Ásia, e em Moçambique, na África. Irmã Beatriz emocionou-se com as histórias que testemunhou, e comentou sobre cada aprendizado. “Devemos nos inclinar às dificuldades, dar um rosto à esperança, dar um coração à fé e as mãos ao amor”, disse.

Sobre sua vivência no continente africano, a religiosa salientou o quadro de absoluta miséria que vive grande parte da população. E levantou dados recentes sobre os países da África, mais precisamente sobre Moçambique, onde esteve entre os anos de 2000 e 2005, país em que a Congregação mantém um orfanato com aproximadamente 90 crianças. Para finalizar sua apresentação, Irmã Beatriz recitou Mercedes Sosa: “Que a dor não me seja indiferente”, disse.

A segunda mesa redonda com o tema “A vida das Irmãs da Divina Providência”, foi moderada pela coordenadora de Planejamento do Divina, Olvides Martini. A primeira Irmã a apresentar-se foi Norma Weber, integrante da Pastoral da Saúde. Ela iniciou sua exposição falando que todo crescimento gera transformação e as transformações causam sofrimento. “Mas, após o sofrimento, sempre se pode ter alegrias”, resumiu. Conforme Irmã Norma, “a vida religiosa consagrada é a vida Cristã” e a religiosidade das Irmãs “é inspirada e sustentada pela graça de Deus, que nos chamou e enviou às Missões, que têm como desafio o acolhimento e o apoio aos mais pobres. A nossa Missão é nos manifestarmos na vida apostólica, na comunidade, na oração. Toda nossa vida é Missão, e nos fortalecemos porque somos unidas”, concluiu.

Na sequência, a Irmã Márcia Santos, que é graduada em Direito, falou sobre “A Missão das Irmãs nos dias de hoje”. Após falar sobre os valores como dedicação, alegria, ternura, desprendimento e simplicidade, Irmã Márcia afirmou ser uma graça voltar ao Hospital Divina Providência, onde atuou por vários anos durante a sua formação, com o desafio de participar da mesa redonda do evento. “Vivi nesta casa grande parte da minha vida religiosa. É muito bom estar aqui hoje” declarou visivelmente emocionada. Em seguida, discorreu sobre a Missão das Irmãs nos campos Educacional, da Saúde, Social e Pastoral. “Estamos a serviço dos pobres e testemunhamos a esperança Cristã e o amor de Deus”, concluiu.

O II Fórum ainda teve palestras sobre o tema “A Espiritualidade e a Divina Providência nas interfaces das profissões”. Os palestrantes foram o médico Sidnei Alves dos Santos, a enfermeira Adriana Ferreira da Rosa e a nutricionista Viviane Cristina Schuh.

Fonte: Textos e Fotos: Adelar de Oliveira e Bianca Fazollo