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31/03/2015
Unidade Endovascular do Divina Providência implanta primeiro stent bioabsorvível
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A Unidade Endovascular do Hospital Divina Providência realizou, na manhã de sexta-feira, dia 27 de março, o primeiro implante de um stent bioabsorvível na instituição. A paciente do sexo feminino é diabética e apresentava doença coronária de múltiplos vasos. O stent farmacológico bioabsorvível foi implantado na coronária direita da paciente guiado pelo ultrassom intracoronário. A informação é do Dr. Gilberto Lahorgue Nunes, coordenador Médico da Unidade Endovascular do Hospital. O médico foi o primeiro cardiologista do estado a receber a certificação necessária para o implante dos stents absorvíveis, após um treinamento realizado em março de 2014, no Toronto General Hospital, no Canadá. A partir de agora, os pacientes cardiopatas atendidos no Divina poderão se beneficiar desta nova e revolucionária tecnologia.
Dr. Gilberto explica que os stents farmacológicos bioabsorvíveis representam a mais moderna geração de dispositivos implantáveis por cateter para o tratamento das obstruções das artérias coronárias. “Ao contrário dos stents farmacológicos metálicos utilizados atualmente – que são implantes definitivos – os stents bioabsorvíveis, por serem compostos de polilactídeo (um material naturalmente dissolvível pelo organismo), são gradualmente absorvidos, permanecendo intactos apenas durante o período necessário para a completa cicatrização do local tratado”, relata o cardiologista.
Desta forma, após um período de aproximadamente dois anos, prossegue o médico, os stents são completamente absorvidos pelo organismo. Isto traz grandes vantagens ao paciente, pois permite que a artéria coronária retorne à sua conformação habitual e recupere a capacidade de se contrair e dilatar, dependendo das necessidades do organismo. Além disto, pelo fato de não ser um implante permanente este dispositivo evita o surgimento de reações inflamatórias tardias que podem ocorrer quando um implante definitivo de um stent metálico é realizado.
Outra vantagem é que ele permite com maior facilidade a realização de cirurgia de bypass coronário – se ela for necessária no futuro –, pois a presença de um implante metálico impede que o cirurgião faça a anastomose com uma ponte de safena naquele local. Finalmente, o uso destes dispositivos permite que exames não invasivos (como a angiotomografia) visualizem o interior da coronária, evitando a realização de um novo cateterismo quando há necessidade de conferir se a coronária continua desobstruída.
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