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16/05/2014
Equipe do Divina realiza cirurgia cardíaca dentro da UTI Neonatal
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Um mês e sete dias após o nascimento prematuro, um bebê do sexo feminino, com 31 semanas de gestação, pesando 1,510kg e medindo 41cm ao nascimento, foi submetido à uma toracotomia lateral esquerda – cirurgia feita no tórax – para correção de Persistência do Canal Arterial –, em decorrência de duas cardiopatias congênitas, que ocasionam hiper fluxo pulmonar, CIV (Comunicação Interventricular) e PCA (Persistência do Canal Arterial).
O procedimento, realizado pelos cirurgiões cardiovasculares Nicásio Tanaka e Raphael Quintana Pereira do Hospital Divina Providência, foi realizado pela primeira vez dentro do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal. A razão foi a gravidade do caso, pois a recém-nascida poderia não resistir ao deslocamento até o Centro Cirúrgico. A situação de hiper fluxo, se não for corrigida nos primeiros dias, tem índice de mortalidade de 100%. A paciente já teve alta hospitalar.
Conforme Dr. Tanaka se trata de uma má formação do feto no período embrionário. “É a persistência de um ducto (canal arterial), responsável por desviar o sangue proveniente do ventrículo direito para a circulação sistêmica, uma vez que o fluxo pulmonar é inexistente no útero materno, e o mesmo tende a se fechar até o 7º dia de vida”.
Mesmo com o uso de medicações específicas, o canal não se fechou o que chamamos de persistência do canal arterial. A cirurgia de alta complexidade, por ser em um prematuro, durou cerca de 3 horas e mobilizou profissionais altamente capacitados do CTI Neonatal e do Centro Cirúrgico.
“Adequamos uma parte do CTI Neonatal, num ambiente restrito, e que funcionou perfeitamente graças ao empenho de todos”, ressaltou Dr. Tanaka. Após completar um ano de idade, a paciente terá que fazer a correção definitiva para viver uma vida normal, ou seja, realizar a correção da CIV.
A coordenadora do Centro Materno-Infantil, Neuza Richetti Polesello ponderou que o sucesso do procedimento realizado na UTI Neonatal deveu-se ao envolvimento de vários profissionais e equipes incluindo as do Centro Cirúrgico, que disponibilizou pessoal, material e equipamentos especiais necessários para a realização daquele procedimento. “Agradecemos também a compreensão dos pais das outras crianças internadas que não puderam permanecer junto com seus filhos durante a cirurgia”, finalizou.
Fonte: Beatriz Araújo
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