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07/05/2014

Esclarecimentos e conscientização podem aumentar doação de órgãos

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A Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Divina Providência, formada por equipe multidisciplinar, realizou, nesta quarta-feira dia 7 de maio, palestra de conscientização e esclarecimento sobre o processo de doação de órgãos. A atividade ocorreu no Auditório Pe. Eduardo Michelis. A palestrante foi a Dra. Fernanda Paiva Bonow, médica intensivista pediátrica da Santa Casa e coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO). A enfermeira Marilene Bock, coordenadora do CIHDOTT do Hospital fez a abertura da palestra.

A médica explicou que, para ter um doador é preciso fazer vários exames, entre eles o que constata a Morte Encefálica (ME), 100% seguro, além de toda a logística que envolve o procedimento, que requer muita agilidade da equipe. “Muitas vezes trabalhamos com a transferência do paciente para outras cidades onde existem hospitais com estrutura para realizar a doação. Por ser um processo demorado, a agilidade na comunicação é fundamental para dar certo”.

Colabora para o processo ser demorado o fato das famílias não acreditarem na Morte Encefálica, já que o paciente pode, muitas vezes, mexer algum membro. “Pacientes em ME podem se mexer porque é a medula que regula os movimentos, o chamado movimento medular. É por isso que no Brasil os exames que constatam a Morte Cerebral são obrigatórios”, explicou.

A Dra. Fernanda apontou ainda os principais motivos para a não doação. Entre eles o desconhecimento do desejo do doador; doador contrário à doação em vida; familiares indecisos; receio na demora da liberação do corpo e convicções religiosas. “É um processo demorado onde o paciente demanda cuidado para que possa ser feita a doação. O protocolo de doação leva em média 6 horas. A partir da aprovação da família, é preciso comunicar a Central Nacional de Doação, que segue todo um protocolo de atendimento. Além disso, o órgão precisa estar em bom estado e ser compatível com o receptor. Nem sempre é o primeiro da lista de espera que recebe”, afirmou.

O esclarecimento é fundamental para aumentar o número de doadores. Seja um doador. Comunique sua família sobre a sua decisão. Qualquer dúvida procure a equipe do CIHDOTT do Hospital Divina Providência: Dr Willian Dalpra, enfermeiros: Adriana Ferreira da Rosa, Neuza Polesello, Silvio Cruz Costa, Nelci Tolotti, Ir. Norma Weber, Suzana Trindade, Catarina Godoi e Carla Gutkoski. Não podem doar pessoas que tenham o vírus HIV, tuberculose em atividade, tumores, neoplasias, infecções virais e fúngicas graves e sepse(infecção) não controlada.

Fonte: Texto e Fotos: Beatriz Araújo

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