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25/06/2013
Hospital implementa protocolo para o tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas
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O Hospital Divina Providência, através do seu Serviço de Cardiologia, implementou o protocolo institucional de tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas (SCA). A doença é caracterizada por obstrução total ou parcial das artérias coronárias, causando um aporte de sangue inadequado às necessidades do músculo do coração, irrigados por essas artérias. A informação é do emergencista Fernando Fernandes, gerente médico da Emergência 24h do Divina. Ainda conforme Dr. Fernando, sua sintomatologia característica é a dor no peito, muitas vezes irradiada para o pescoço, mandíbula, braço ou costas.
O especialista afirma que os sintomas podem vir acompanhados de falta de ar, suor abundante, tontura, palidez e náuseas. “Em alguns casos pode se manifestar de forma atípica como dor epigástrica (boca do estômago) ou mesmo sem dor, apenas pelos outros sintomas descritos acima, sendo essas manifestações mais frequentes em pacientes com diabetes.” Dr. Fernando acrescenta que existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma dor no peito ser realmente de origem cardíaca. “São: fumo, pressão alta, diabetes, colesterol elevado e história na família de infarto ou de angina.”
O gerente médico da Emergência informa que o SCA se inicia na Classificação do Risco da Emergência. “Ao identificar alguns dos sintomas descritos, através de um check-list, a enfermeira já realiza um eletrocardiograma (ECG) e encaminha para avaliação do médico em menos de 10 minutos.” Após, realizada a anamnese (que em síntese é a entrevista do médico com o doente), o emergencista classifica o paciente em uma das 4 rotas do protocolo.
“Elas são representadas pelo acrônimo PAIN – sigla que traduzida do inglês significa 'dor'”. P é a rota de Prioridade, ou seja, é aquele paciente que está tendo um infarto e que precisa sofrer uma intervenção rapidamente. O gerente da Emergência conta que existem dois tipos de tratamentos: “Um consiste em administrar uma medicação na veia para dissolver o coágulo que está obstruindo a artéria coronária; o outro é feito na Hemodinâmica, através da inserção de um cateter na artéria do punho, que chega até o coração”, resume. Este é o tratamento de escolha realizado no Divina, pois tem maior benefício em relação à simples medicação.
Dr. Fernando conta que, no Divina, a resposta do time de hemodinamicistas é menor que os 90 minutos preconizados, tempo este considerado o máximo para eleger o paciente neste tipo de tratamento. “Os demais pacientes são classificados como Alto Risco (Rota A), que irá realizar o exame de cateterismo cardíaco em 12/24 horas; Risco Intermediário (Rota I), que também realizará exame na Hemodinâmica; ou Negativo ou Baixo Risco (Rota N), que realizará um exame de esteira ou Ressonância Cardíaca para afastar ou confirmar isquemia do coração.”
Todos os pacientes são avaliados pelo cardiologista de sobreaviso, sendo que os pacientes da rota A e I sempre são internados em Centro de Tratamento Intensivo (CTI) para terminar a estratificação do risco cardíaco.
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