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19/10/2012

Psicoterapia é tema de evento no Dia do Médico

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“Nascemos sem amparo físico e emocional, mas com potencial para nos tornarmos seres humanos, e para isso, precisamos do outro”. A afirmação é do médico psiquiatra José Ottoni Outeiral durante a palestra "A Pessoa do Psicoterapeuta", realizada no dia 18 de outubro, em comemoração ao Dia do Médico, no Hospital Divina Providência. O evento contou ainda com os palestrantes José Paulo Flores, diretor Médico do Divina, que falou sobre "A Pessoa do Médico" e os psiquiatras Euclides Gomes, diretor Administrativo do Centro de Estudos José Barros Falcão (CRJBF), que falou sobre "A Pessoa do Psiquiatra no Hospital Geral", além da Dra. Sabrina Ferrasso dos Reis Bueno, que apresentou um caso clínico. A diretora-geral do Divina, Irmã Clair Teresinha Agnes, abriu o evento e desejou um feliz Dia do Médico a todos.

Outeiral destacou ainda que para aliviar o sofrimento mental o psicoterapeuta precisa desenvolver uma escuta. “Mais do que ver é preciso olhar e mais do que ouvir é preciso escutar”. Ao mesmo tempo é necessário manter o afastamento necessário. “O psicoterapeuta não pode amar e nem odiar o paciente. É preciso suportar o sofrimento do outro para ter uma atitude coerente e adequada”, ressaltou.

Ao explanar sobre "A Pessoa do Médico", Dr. José Paulo Flores, destacou que a Medicina é uma relação amorosa entre o médico e o paciente, e um dos resultados dessa relação é a cura. “O bom profissional é um anormal, porque ele não pode se permitir chorar porque o choro embarga a voz e o tremor não faz bem ao bisturi”. Sendo assim, prossegue, o médico precisa ter uma roupagem por dentro e outra por fora, o que o torna uma pessoa diferente. Dr. Flores ressaltou ainda a pobreza dos currículos de Medicina em relação ao humanismo. “O Divina tem buscado um modelo há muito tempo reconhecido que é a humanização no atendimento. Para isso, cada vez mais lapidamos os nosso profissionais”, concluiu.

Dr. Euclides enquano explanava o seu tema: a Pessoa do Psiquiatra

Dr. Euclides enfatizou que para ser um interconsultor psiquiátrico, é preciso ter o conhecimento psiquiátrico, clínico e institucional do local onde desenvolve seu trabalho. Ao final do evento, a Dra. Sabrina apresentou um caso clínico de uma paciente obesa, que foi acompanhada pela equipe, em março de 2012.

Fonte: Fotos e Texto: Beatriz Araújo

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