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Ver o coração batendo e o sangue sendo bombeado em tempo real já é possível. Os avanços tecnológicos nos últimos anos já permitem a visualização do órgão por meio do exame de Ressonância Magnética Cardíaca. A informação é da médica Angela Gallina Bertaso, que é formada em Clínica Médica e Cardiologia pela PUC/RS. Conforme a especialista, o sistema, disponível no Hospital Divina Providência, cria imagens em duas e três dimensões, através da interação entre as propriedades naturais dos átomos existentes no corpo humano e um campo eletromagnético externo.

Dra. Angela explica que a Ressonância Cardíaca fornece informações mais detalhadas do coração e dos outros órgãos torácicos em comparação à radiografia tradicional, ecocardiografia ou cintilografia miocárdica. Disponibilizado pelo Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), o procedimento é um exame não invasivo, que possui alta confiabilidade e capacidade imediata de diagnóstico.

“Este exame ainda causa um certo receio aos pacientes, porque o equipamento é muito grande. Mas é completamente indolor e simples, que tem uma alta sensibilidade para detectar a maioria das doenças cardíacas”, pondera a cardiologista. Durante o procedimento as imagens captadas são manipuladas por um software especial, que analisa os volumes e a função dos ventrículos.

Equipamento é de altíssima qualidade

Uma das exigências para a realização da Ressonância Cardíaca é a capacidade de ficar em apneia (sem respirar) por cerca de 10 segundos. “A pessoa é deitada na maca onde é monitorada por eletrocardiograma e o médico dialoga por meio de um microfone, indicando os momentos certos de se entrar em apneia”, revela.

O exame, que demora em torno de 30 minutos, pode ser requerido para avaliar a função (força) e forma do coração, diagnosticar cicatrizes de infartos prévios, verificar o tamanho da aorta ou a presença de doenças cardíacas congênitas, entre outros. Existe também a Perfusão com Stress, que faz uso do contraste. “Este exame é solicitado aos pacientes com suspeita de angina, pois além de diagnosticar alterações no suprimento de sangue para o músculo cardíaco (isquemia), pode também identificar se existe alguma necrose (cicatriz) decorrente de um infarto prévio”, explica.

Outro procedimento realizado pelo Divina é a Angioressonância com contraste, onde se pode visualizar toda a rede vascular, que são as artérias e veias, podendo diagnosticar rupturas ou dilatações da aorta e caracterizar algumas anomalias congênitas. “O equipamento que temos é de altíssima qualidade e representa um grande avanço tecnológico para o Divina. Podemos oferecer aos nossos pacientes o que existe de mais moderno na imagem em cardiologia”, conclui.

Dra. Angela. Angela Gallina Bertaso é formada em Clínica Médica e Cardiologia pela PUC/RS e realizou Fellowship em Imagem Cardíaca no Royal Adelaide Hospital, Austrália.

Fonte: Texto e Fotos: Bruna Reis