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A segunda visita às obras do Hospital Independência, que estão em andamento desde o dia 16 de janeiro, aconteceu na manhã do dia 25 de abril. O objetivo foi mostrar o andamento da obra, que já está avançada, e a preocupação da Sociedade Sulina Divina Providência e da Prefeitura com a segurança e a qualidade do prédio.

“Com este Hospital, conseguiremos atingir as pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) com a mesma qualidade disponibilizada no Divina, cumprindo assim a Missão da Congregação”, declarou a Irmã Maria Eloni Coczenski, presidente da Sociedade Sulina Divina Providência. Além da Irmã Eloni, também estiveram na visita a Irmã Clair Teresinha Agnes, diretora-geral do Divina, juntamente com o diretor-Médico, Dr. José Paulo Flores e o diretor-Executivo, Darci Mallman, além de várias assessorias técnicas multidisciplinares.

Roteiro percorrido

Conduzindo os visitantes estiveram o administrador do Hospital Independência, José Clóvis Soares, o engenheiro responsável pela obra, Ruy Barbosa da Silva, da empresa Formas & Efeito, e a arquiteta Graciela Ruanoba, responsável pelos projetos.

Conforme o engenheiro Ruy, que comanda uma equipe de quase 200 trabalhadores, cerca de 60% da obra já está em fase de conclusão. “O objetivo da visita foi alcançado, que foi mostrar a nossa preocupação em entregar um prédio com segurança e qualidade, para que o paciente possa ser bem atendido e não haja interrupção depois da reabertura do Hospital ”, explicou Clóvis. Em algumas áreas, os visitantes puderam observar fotos em painéis das condições do prédio antes das obras de reestruturação.

Foram mostradas as intervenções feitas no ambulatório, nas unidades de internação, Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Centro Cirúrgico e no telhado, que teve de ser refeito. Quanto ao prazo de início de funcionamento do novo Hospital, o secretário Marcelo Bosio indica o mês de setembro. “Antes, o Independência não tinha condições de reabrir, era um perigo iminente. Com esta reestruturação, estamos nos preocupando muito com a segurança e ele está virando um exemplo na área da saúde”, afirma Marcelo.

Cumprindo o cronograma

“Estamos acompanhando o cumprimento do cronograma, que começou com a obra física, seguida pela chegada e instalação dos equipamentos e contratação de cerca de 450 funcionários”, informou o secretário. “A parceria entre a Prefeitura e a Sociedade Sulina – entidade mantenedora do Hospital Divina Providência – está superando as expectativas. É possível fazer um trabalho de qualidade quando todos os lados têm o mesmo objetivo: cuidar da vida, com segurança”, concluiu Irmã Eloni.

Estiveram presentes na visita, representando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, além do secretário municipal da Saúde e o ex-secretário, Luís Henrique Casartelli. Representando a Justiça Federal, esteve presente o Juiz Federal substituto de Canoas, Daniel Luersen; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Dr. Júlio Cézar Caspani; Conselho Municipal de Saúde, Gilmar Campos; e o Conselho Regional de Enfermagem (COREN), Fabrício dos Santos e Janaína Ogliari. Andréa Marques representou a superintendência do Patrimônio da União.

Em sua nova fase, o Hospital Independência vai oferecer atendimento especializado em ortopedia e traumatologia. Terá inicialmente 90 leitos para internação e dez leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), exclusivamente para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Receberá pacientes encaminhados por meio da regulação de leitos e consultas da Secretaria Municipal de Saúde e servirá de retaguarda para o atendimento de urgência do Hospital de Pronto Socorro (HPS) e do Pronto- Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs). Será equipado também para exames de imagem, laboratoriais e de análises clínicas.

Intervenções nos setores

O engenheiro Ruy Barbosa da Silva explicou que o andar térreo será a última área a ser concluída, pois ainda está em fase de adequação de projetos. No 2º andar, estão localizadas duas Unidades de Internação com uma enfermaria de 35 leitos cada. “Neste andar, precisaram ser feitas intervenções grandes nos banheiros e nas portas de entrada dos quartos para a melhor passagem das camas e de cadeiras de rodas, com muito cuidado nas estruturas, que não podiam ser demolidas”, relatou o engenheiro.

A Unidade de Internação 2, também no 2ª andar, é a área mais atrasada da obra, pois não tinha a canalização completa e o teto dos banheiros teve de ser aumentado em altura, mudando a posição dos canos e alterando a ventilação. No 3º andar, a UTI, que terá 10 leitos, o fluxo foi adequado e as redes elétricas já estão sendo colocadas, com registros individuais para cada leito.

“Na UTI, todos os leitos terão espera para hemodiálise e serão interligados com a parte de informática e monitoração. Será instalado também o Sistema IPE, que acusa problemas nos equipamentos quanto eles ocorrerem. Ele não desliga, apenas emite um sinal, evitando assim a interrupção do tratamento”, informou o engenheiro Ruy. Além da UTI, 20 leitos estão distribuídos na Unidade de Internação 3, no 3º andar, parte mais avançada da obra. “Esta era a área que estava em piores condições, nenhum quarto tinha banheiro em seu interior. Agora, todos possuem banheiros com maior acessibilidade”, explicou a arquiteta Graciela.

No Centro Cirúrgico, formado por 4 salas, a intervenção foi profunda. Foi preciso colocar proteção de chumbo, por causa dos intensificadores de imagem. No telhado, onde fios elétricos se misturavam com a rede de gás e a estrutura era de madeira. Tudo foi feito novo as redes foram organizadas separadamente. “O telhado antigo era uma bomba incendiária. Agora está mais seguro e higiênico, facilitando o acesso para limpeza do ar-condicionado”, concluiu Ruy.

Fonte: Texto: Bruna Reis Fotos: Beatriz Araújo