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O Hospital Divina Providência – através de sua mantenedora, Sociedade Sulina Divina Providência – e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre assinaram, às 10h de sexta-feira, dia 30 de dezembro, o contrato de parceria para a nova gestão do Hospital Independência, que anteriormente pertenceu à ULBRA. O evento ocorreu no Auditório do Hospital, na rua da Gruta, 145, bairro Glória. O contrato, que tem validade por cinco anos, foi assinado pelo prefeito José Fortunati e o secretário substituto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Marcelo Bosio, representando o órgão público. A Irmã Maria Eloni Coczenski, presidente da Sociedade Sulina Divina Providência, que estava acompanhada da diretora-geral do Hospital, Irmã Clair Agnes, assinou pela entidade religiosa.

O Carisma

Irmã Maria Eloni destaca que o que motivou a Sociedade Sulina Divina Providência a assumir tamanha responsabilidade junto ao Município e à sociedade gaúcha está no Carisma da instituição: “Diante dos múltimos desafios, devemos sempre estar atentas às necessidades da época, estabelecer prioridades, redimensionar atividades já assumidas e arriscar novas iniciativas”. Ainda conforme a religiosa, “interpeladas pelo grito de nossas irmãs e irmãos oprimidos em sua dignidade humana e impulsionadas pelo Deus Vivo, queremos como Irmãs da Divina Providência, comprometermo-nos solidariamente com eles, em busca da libertação”.

A presidente da Sociedade Sulina enumera os compromissos de quem atua nessa obra: “Conhecer e fazer acontecer a Missão do Hospital; Respeitar a vida, a dignidade e os direitos da pessoa; Assumir a Responsabilidade Social, através do compromisso solidário com os necessitados; Ser pessoa de esperança; Promover bem-estar e bom relacionamento na convivência e no trabalho, compartilhando saberes e experiências; Zelar pela vida de forma humanizada; Colaborar com a preservação do meio ambiente; Cultivar os valores centrais do cristianismo e assumir posturas éticas no ser e no agir.”

Da esquerda para a direita: Mário Jaeger, assessor Jurídico; João Berto, assessor Administrativo da Sociedade Sulina; Irmã Clair Agnes, diretor-geral do Divina; Irmã Maria Eloni, presidente da Sociedade Sulina, e Dr. José Paulo Flores, diretor-Médico do Divina.

A religiosa afirma ainda que, no momento em que a Congregação está firmando mais uma parceria com o Município de Porto Alegre, é hora de agradecer todos que se empenharam e contribuíram para a concretização de uma causa comum, por si só desafiadora.

– Juntos, temos muitos desafios a enfrentar, dando novos passos para uma inclusão sempre maior de quem trabalha conosco, aproximando as pessoas, para compartilharem seus dons a serviço da vida – assegura Irmã Maria Eloni.

A religiosa concluiu afirmando que deseja continuar esta caminhada conjunta, de mãos dadas, sempre impregnada de sabedoria em busca de novas realizações, a favor de quem mais necessita de cuidados.

Reinauguração será no segundo semestre

A visita do secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Dr. Helvécio Miranda Magalhães Júnior, ao Hospital Independência, em 5 de novembro, foi essencial para a concretização da parceria. Além da direção da Sociedade Sulina e do Hospital Divina Providência, também participaram do encontro o secretário municipal da Saúde de Porto Alegre, Dr. Carlos Casartelli e o secretário-adjunto Marcelo Bosio.

As equipes técnicas projetam investir R$ 10 milhões nessa primeira fase, incluindo a reforma do prédio e a aquisição de equipamentos. Serão abertos, no início do segundo semestre de 2012, de uma só vez, 100 leitos dos quais 10 serão no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). O Hospital Independência será especializado em Traumato/Ortopedia, 100% SUS, e servirá de apoio ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Portanto, só atenderá pacientes encaminhados pelo HPS ou pelos postos municipais. Entre 400 e 500 funcionários serão contratados, quando faltarem aproximadamente dois meses para o fim das obras. Após a reinauguração o Hospital Independência contará com uma verba anual de R$ 34 milhões – provenientes do Divina, Município, Estado e União – para custeio e investimentos.

Instalações e equipamentos do Hospital Independência se deterioraram após dois anos de inatividade.

Fonte: Adelar de Oliveira e Beatriz Araújo