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31/08/2011

Procedimento com nova técnica amplia horizontes no tratamento de aneurisma cerebral

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O funcionário aposentado da Prefeitura de Porto Alegre, Lauro Darci Grade, de 52 anos, passa bem e amanhã deve receber alta hospitalar. Ele foi o segundo paciente brasileiro (e o primeiro no RS) a receber um Dispositivo Embolização Pipeline (PED), stent semi-coberto, colocado numa artéria cerebral para a correção de um aneurisma. A primeira intervenção no Brasil com este dispositivo ocorreu no dia 29 de agosto, no Hospital Santa, Cruz em Curitiba (PR).

O procedimento no Divina foi realizado pela equipe do neurocirurgião Paulo Passos na tarde desta terça-feira, dia 30 de agosto, na nova Sala de Hemodinâmica do Hospital. O procedimento foi aprovado há apenas um mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Dr Paulo Passos tem especialização em Neurocirurgia Endovascular na França e atualmente é o presidente da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia.

O médico explica que o procedimento realizado com técnica minimamente invasiva – sem corte, através de um cateterismo a partir de uma veia situada na virilha – foi concluído por volta das 18h. “O paciente está bem, consciente, e amanhã poderá ir para casa. Podemos assegurar que a colocação do stent foi um sucesso. O caminho está aberto para outros pacientes que ainda não corrigiram seus aneurismas, temendo os riscos. Esse método é revolucionário”, assegura o cirurgião.

Conforme Dr. Passos, o tratamento é focado em reconstruir ou remodelar uma parede do vaso sanguineo enfraquecido. “Mecanicamente, reforçamos o vaso, reduzindo significativamente o risco de ruptura”, afirma. Estima-se atualmente que um em cada 50 americanos tem um aneurisma cerebral, que é um inchaço anormal de uma parte de uma artéria no cérebro, devido ao enfraquecimento das paredes dos vasos sanguíneos.

Paciente fumou durante 35 anos

O instalador hidráulico Darci Grade, que trabalhou por 30 anos na Prefeitura da Capital, é um paciente neurológico em potencial, mesmo tendo parado de fumar há dois meses. “Fumei durante 35 anos, três carteiras de cigarro por dia” contou, momentos antes do procedimento. O paciente não conseguia mais caminhar e tinha muita dificuldade para falar. Há cinco anos ele teve o primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC), razão pela qual foi submetido a uma primeira cirurgia. Em maio passado teve outro derrame cerebral, quando apareceu o aneurisma que agora foi corrigido. Darci está otimista e espera voltar a caminhar e falar normalmente. A equipe médica também.

Fonte: Texto: Adelar de Oliveira Fotos: Beatriz Araújo

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