Notícias

29/07/2011

Resiliência em hospitais: a capacidade de superar obstáculos

Compartilhe:

Dor, sofrimento, angústia, desesperança fazem parte do cotidiano de um hospital, atingindo não só os pacientes, seus familiares, mas todos os que nele transitam. É também lugar onde brotam sentimentos positivos, como compaixão, vida, esperança, fé e alegria.

O ser humano é o único capaz de sofrer e transformar a experiência dolorosa em realização, ou seja, é capaz de ser resiliente, “dar a volta por cima”, testemunhando com alegria a vitória. Entende-se, assim, por resiliência, a capacidade humana para enfrentar, superar e ser fortalecido ou transformado por experiências adversas, inevitáveis na vida. Todos nós nascemos com aspectos de resiliência, mas ela é “tecida” durante toda a vida.

O hospital é um espaço onde a resiliência, como processo dinâmico, é uma condição urgente e necessária de ser fomentada. Também é um lugar onde se podem encontrar ótimos recursos para fortalecer a resiliência de todos os que nele convivem. Como promover, desenvolver a resiliência em nós e nas pessoas no ambiente de trabalho? Como cuidadores, funcionários, profissionais, somos parte do processo de resiliência e sentimos, em nós mesmos, o impacto da dor do outro. É necessário que procuremos recursos e possibilidades para trabalharmos nossas próprias dores e feridas, para ajudar o outro.

“A história da humanidade e da bíblia está repleta de exemplos de resiliência e fé.”

A potencialização da resiliência depende tanto dos recursos próprios da pessoa, como de fatores externos de proteção: apoio familiar, institucional, social, político, eclesial. Supõe observar as pessoas que passam por situações adversas, identificar seus recursos, revelá-los e ajudar a aplicá-los.

Constata-se, em primeiro lugar, o papel de uma ou mais figuras significativas que garantem acolhida e aceitação incondicionais. Necessitamos do apoio do outro, e vínculos fortes são fundamentais. É importante ter alguém que acredita de verdade no potencial da pessoa, que a escuta, para ajudá-la a desenvolver suas próprias capacidades de superação, despertando a segurança e a esperança.

A influência positiva das capacidades pessoais, como auto-estima, confiança, senso de humor, sociabilidade, responsabilidade, assumindo o controle da própria vida, faz parte do processo. A importância fundamental do sentido de vida, vinculada à vida espiritual e a crenças religiosas, a fé e a confiança num Deus presente, é força e sustento de recuperação. “Quando achamos que o combustível da vida está no fim, saibamos que podemos contar com uma força extra, quase secreta, que habita em nós”(Lothar Carlos Hoch).

A história da humanidade e da bíblia está repleta de exemplos de resiliência e fé. E quantos são os exemplos de pessoas resilientes que encontramos em nosso cotidiano! Pessoas que refazem suas vidas ao superarem doenças graves, acidentes, perdas de entes queridos, situações políticas, entre tantas outras situações de sofrimento.

Ir. Norma Weber (foto acima) e Alyne Zgievski Barreto

Pastoral da Saúde

Fonte:

Compartilhe:

Confira outras notícias

Doação