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24/08/2009

Pastoral da Saúde - Humanização e fé abrindo caminhos

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“Promover a vida de forma humanizada, prestando assistência hospitalar qualificada, com responsabilidade social, em harmonia com o meio ambiente.” A missão do Hospital Divina Providência é o que conduz a Pastoral da Saúde, que nasceu junto com o Hospital, em 1969. Conforme a sua coordenadora, Irmã Elise Sehnem (foto), hoje a abrangência vai além de atender somente os doentes e familiares. O trabalho se estende para toda a comunidade hospitalar, de forma especial para os funcionários. “Nós dividimos as tarefas entre três equipes: a multidisciplinar, a multissetorial e os visitadores. Isso nos permite alargar a esperança das pessoas, ultrapassando as fronteiras, formando uma grande rede de espiritualidade”, explica Irmã Elise.

As equipes, integradas por chefias, funcionários e representantes de cada setor, reúnem-se mensalmente para planejar, pensar, organizar e trocar experiências e informações sobre as atividades desenvolvidas pela Pastoral. “É um momento de cultivar a fé, a espiritualidade e alimentar o aspecto humano e religioso, para que tenhamos novas perspectivas e possamos levar a todos um novo horizonte”, resume.

Nos encontros são compartilhados os problemas, as angústias e as emoções vivenciadas no dia-a-dia, garantindo forças e equilíbrio para levar a missão em frente, com muita preparação e cuidado. Para Irmã Elise, são estes braços que sustentam a humanização no Divina, pois é através destas pessoas que a fé na Divina Providência é levada para todos.

Visitas revelam as necessidades de cada doente

O casal João Jorge e Áurea, são acolhidos por Irmã Norma num dos apartamentos

Os pacientes redescobrem suas próprias forças. A afirmação é da Irmã Norma Weber, que integra o grupo de visitadores da Pastoral da Saúde, juntamente com o Pe. Antônio Lorenzatto e a funcionária Cléa Maria de Aguiar. O serviço, tem por missão testemunhar os valores evangélicos no cuidado com a vida, no respeito e na promoção da saúde do paciente e seus familiares. “Existem os grandes desafios e possibilidades. São através das visitas, na acolhida, na escuta e na compreensão que percebemos as necessidades de cada doente. Identificamos as suas tensões e seu clamor por mais vida, mais esperança”, destaca.

Conforme a religiosa, muitas vezes são encontrados pacientes à beira da desistência, levados pelo sofrimento, abandono e falta de estrutura familiar. “A Pastoral da Saúde tem por missão prestar ajuda para que eles descubram suas próprias forças, potencializando-as para reagir e participar da sua recuperação, recriando a vida como criatura de Deus. É o que chamamos de resiliência”, explica Irmã Norma.

Numa rotina bastante árdua, o grupo de visitadores se depara com muitas crenças e culturas diferentes, mas que buscam o mesmo ponto comum, que é fortalecer a fé, olhando a pessoa na sua totalidade – Bio, Psico, Social e Espiritual. “Percebemos, ao longo dos anos, uma receptividade muito grande, tanto dos pacientes quanto dos familiares, porque levamos ânimo e esperança, mas sem deixar de lado a realidade. A esperança ninguém nos tira”, ressalta. Os visitadores também prestam assistência e apoio a familiares em situações críticas, quando por ocasião de perdas (óbitos). “Este é um momento de grande sensibilidade, em que uma presença solidária é importante”, conclui Irmã Norma.

O casal João Jorge e Áurea, são acolhidos por Irmã Norma num dos apartamentos

Um cuidador da alma

Aos 89 anos, completados em 13 de junho, Pe. Antônio Lorenzatto (foto) cumpre, religiosamente, sua missão há 38 anos no Hospital Divina Providência: visitar diariamente os pacientes e levar uma palavra de conforto, fé e esperança, respeitando a crença de cada um. Apesar da idade, o corpo e a mente permanecem eretos, vislumbrando sempre um caminho iluminado por Cristo.

Padre Antônio é reitor da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes – que fica ao lado do Hospital, e Capelão do Divina. “Cada um de nós tem uma tarefa a cumprir e a mim cabe levar a Benção da Saúde e a comunhão aos pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo Adulto e Neonatal e Unidades de Internação. As pessoas se sentem mais aliviadas, gostam da oração. Cuidar da parte afetiva é muito importante”, revela o religioso. A unção dos enfermos também é feita pelo Pe. Antônio.

Fonte: Beatriz Araújo

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