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‘A pedra que os construtores rejeitaram – o ser humano – tornou-se a pedra angular.’ Como o salmo do Cântico a Javé, nasceu o Divina Providência, no dia 31 de maio de 1969. Naquele dia, todo iluminado, o Hospital recebeu muitos convidados e visitantes. À noite, de longe, avistava-se uma grande cruz luminosa indicando mais um lar para aqueles que procuravam alívio para as suas dores. Essas são as lembranças das Irmãs que participaram da inauguração, conforme conta a diretora-geral do Hospital, Irmã Clair Teresinha Agnes.

Irmã Clair, durante as comemorações da Páscoa, na Creche Raio de Sol

“Foi um início difícil, com muitos problemas, mas a tenacidade das pessoas e a proteção da Divina Providência venceram todos os percalços, removendo os obstáculos, introduzindo inovações e criando condições de, em cada tempo, usar as estratégias adequadas para prosseguir”, resume a religiosa.

O Hospital nasceu por uma solicitação do então Arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, que anteviu uma obra destinada a minorar os sofrimentos de uma parcela da comunidade. O Bispo então chamou a Congregação das Irmãs da Divina Providência e entregou a tarefa de tornar realidade aquele sonho. “Foi uma missão árdua, mas, terminada a construção, era tempo de colocar o Hospital para funcionar. Era sangue novo correndo nas veias do Hospital. Era o Divina ganhando vida”, conta Irmã Clair.

Equipe que ajudou a realizar a 1ª cirurgia cardíaca, nos anos 70

E a vida veio em forma da presença de um grupo dedicado de religiosas, médicos, fornecedores e funcionários. Assim, formou-se uma comunidade de amor. O Divina Providência abriu suas portas para dar caridade, consolo e apoio. “O objetivo foi alcançado. Mas a luta, para os herdeiros desta obra, permanece: a valorização do ser humano. Só assim a pedra angular terá oportunidade de realizar-se plenamente em suas dimensões: a horizontal, de membros de uma comunidade de irmãos, e a vertical, de filhos de Deus”, conclui Irmã Clair.

Fonte: Beatriz Araújo