Notícias
22/06/2009
A perseverança move montanhas
Compartilhe:
Os olhos enchem de lágrimas ao recordar as dificuldades impostas há 41 anos. Era maio de 1968 quando irmã Marinete, atual tesoureira da Sociedade Sulina Divina Providência, chegou ao local onde hoje está o Hospital. “Meu Deus, quanta dificuldade, não tínhamos dinheiro nem para pagar os operários. Mas foi impressionante o esforço conjunto para concretizar a obra”. A religiosa lembra que a Caixa Econômica Estadual havia prometido, na época, um empréstimo, mas quando foi buscar, o então presidente da instituição, Synval Guazelli, lhe informou que não poderia emprestar o dinheiro.
Darci e Irmã Marinete também dedicaram suas vidas à causa do Divina
“Eu fiquei o dia inteiro sentada esperando, até que no início da noite, vencido pela minha persistência, ele liberou o financiamento, com o nosso compromisso de quitar as notas promissórias em 24 meses. Em seis meses nós pagamos esta conta”, sorri ao lembrar da surpresa de Guazelli. Irmã Marinete credita o sucesso do Hospital às pessoas que sempre estiveram ao lado do Divina. “Nossos colaboradores são os nossos braços, sem eles, nada podemos fazer. Tenho imensa alegria em ver o Hospital adulto, responsável, cumpridor dos compromissos, sempre tendo presente o Deus Pai Providente, que conduziu a história nestes 40 anos”, conclui.
O ‘guri’ de Santa Clara do Sul cresceu com o Hospital
A noite chuvosa de 14 de abril de 1970 ficou marcada para sempre na lembrança do diretor-Executivo do Hospital, Darci Mallmann. Foi o dia em que a Irmã Orana Moeller o acolheu com um largo sorriso e deu boas-vindas ao ‘guri’ de calças curtas, natural de Picada Santa Clara. “A forma como eu fui recebido pelo Divina norteou toda a minha vida no Hospital. Aqui me realizei profissionalmente e tive muitas oportunidades de crescimento e, claro, aproveitei todas elas ”, recorda.
Assim, Darci pode conhecer as áreas de Recursos Humanos, Faturamento, Contabilidade, Suprimentos e Assessoria da Direção. Em 1983, foi nomeado diretor-executivo. “A década de 80, não se caracteriza somente pelas enormes dificuldades enfrentadas pelo Hospital, mas, também, por grandes oportunidades. Tão logo instalada a crise, foi dada a partida para as transformações, através de um planejamento que contempla três prioridades básicas: satisfação do corpo clínico, do cliente/paciente e satisfação dos recursos humanos”, relata.
Foi no mesmo período em que o hospital diversificou o seu portfólio de fornecedores de serviços, vencendo, assim, a dependência de um único convênio que, além de remunerar pouco, passou a reduzir significativamente as autorizações de internação. A introdução dessas medidas trouxe de volta o resultado, e como conseqüência o retorno dos investimentos e um processo irreversível de crescimento que se estende até os nossos dias. “O hospital é hoje, uma instituição auto-sustentável, respeitada pela classe médica e admirada pela comunidade”, comemora.
Obrigado Deus pela proteção. Obrigado Irmãs da Divina Providência pela dedicação amorosa e persistente e longa vida ao nosso Divina.
Fonte: Beatriz Araújo
Compartilhe: